Em meados de 2000, não conhecia nenhuma oferta de city tour pela cidade. Não compreendia como uma cidade com tantas coisas para serem vistas / mostradas, não tinha movimentação turística – não tinha, sob a ótica de uma estudante de arquitetura...
Exposição Cai Guo-Qiang: Da Vincis do Povo – CCBB / SP. Foto: @rslmagalhaes
Mas segui outros caminhos, e somente este ano pude me dedicar ao antigo projeto.
Desde a primeira aula na faculdade, tive certeza que Turismo é o que me faria feliz! E a cada competência alcançada, sinto que ser Guia de Turismo é o que vai me satisfazer!
Até agora, estou percebendo meu papel, concebendo o personagem, adequando meus talentos e aprendendo as técnicas para estrear o espetáculo! Gosto de pensar sob a ótica teatral.
O teatro esteve bem perto de mim, pois durante algum tempo me empenhei para aprender, porém não tenho vocação para a arte dramática. Apesar disso, abracei todas as oportunidades de conhecer diversas formas de fazer teatro, para diversificar meu repertório - que continua pequeno se pensarmos nas possibilidades que o palco oferece.
Umas dessas oportunidades, foi assistir uma das peças que participava do 5° Festival de Teatro da Cidade de São Paulo: “O longo caminho que vai de Zero a Ene”; peça escrita pelo paulista Timochenco Wehbi (1943-1986), encenada pelos atores Anderson Negreiro e David Carolla com direção de Wanderley Damaceno, que narra a trajetória de dois personagens que tem aspirações diferentes, porém dependem um do outro para existir.
O longo caminho que vai de Zero a Ene. Foto: Flávia Rossette. Disponível em https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4231411842437&set=t.100001113632259&type=3&theater. Acessado em 02/10/2014.
Além da produção impecável, a excelente atuação dos atores, deixou o texto acessível para assimilação de um ou mais sentido da Perseguição – outro nome dado à peça.
A perseguição sem objetivos claros, a cegueira para perceber o que de fato é importante, e as máscaras que usamos para nos adequar, foram as principais mensagens que captei da peça. Obviamente, influenciadas pela minha trajetória e principalmente cenário atual.
O processo de transformação, de adequação, e principalmente de autoconhecimento é essencial para corrigir os rumos e percorrer os novos roteiros!
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